A autoestima surge da autoimagem positiva que temos de nós, e é algo que construímos. A autoestima não se constrói a partir de acontecimentos exteriores (mesmo que você ache o contrário), ela desenvolve-se a partir de quanto nos conhecemos e sabemos das nossas capacidades. A construção de uma autoestima sólida se dá de dentro para fora, e nunca o caminho inverso.
Todos os dias a nossa mente analisa os acontecimentos do dia e procura por situações nas quais agimos mal ou tarefas que não realizamos adequadamente, e certifica-se que estamos conscientes das nossas falhas. Com esta consciência “contra-produtiva” que a nossa mente tem, só teremos benefícios se constantemente, trabalharmos a nossa autoimagem de maneira positiva. Afinal, a maneira como nos vemos afeta diretamente tudo o que fazemos. Quem nunca reparou que as pessoas mais felizes têm a autoestima lá em cima? Autoestima em alta aumenta o bem-estar e a produtividade em nossas vidas.
O estresse nosso de cada dia
Se você não está sobrecarregada de afazeres profissionais ou pessoais no momento, provavelmente já esteve (ou ainda vai estar...), e quando nos sentimos assim, as nossas responsabilidades se acumulam dia após dia, até que chegamos a um ponto no qual somos obrigados a deixar alguma coisa de lado, adiando prazos de entrega de trabalhos ou faltando a alguns compromissos, por exemplo.
Com isso, desenvolvemos um sentimento de decepção consigo mesmo, que pode até chegar a um sentimento de culpa: isso só aumenta o estresse, nos sentimos desanimados e ficamos nos achando a pior das criaturas. “Se fulana consegue dar conta de tudo, porque eu não consigo?”
Este comportamento gera um círculo vicioso e a sensação de incapacidade, de falha e de inadequação se instalam, minando a confiança que temos em nós mesmos, nas nossas capacidades e habilidades, o que diminui cada vez mais a nossa autoestima.
Para não cair no ciclo da procrastinação (ficar adiando as coisas) e evitar que a culpa e o sentimento de fracasso acabem com a sua autoestima, só assuma as responsabilidades que tiver certeza que vai conseguir dar conta! Lembre-se que mesmo a Mulher Maravilha só consegue dar total atenção a um problema de cada vez!
O que realmente quero fazer?
Só podemos ter a autoestima em alta se conseguimos gostar de nós mesmo, se conseguimos sentir orgulho das nossas atitudes e da maneira que tratamos o outro, se conseguimos alcançar os nossos objetivos através de esforços próprios, de estudo e de trabalho. Mas para isso, precisamos ter autodomínio e autodisciplina. Precisamos traçar objetivos concretos e procurar fazer de tudo para torná-los reais. E se não conseguirmos? É preciso ter consciência de que, pelo menos, fizemos tudo o que pudemos e que, mesmo sem ter conseguido atingir o que queríamos, aprendemos no caminho... e nenhum aprendizado deve ser desprezado!
Ao perseguir os nossos sonhos e objetivos, não podemos esquecer de quem nós somos, do que gostamos, em que acreditamos. Quando fazemos um “acordo” de nos respeitarmos e respeitarmos os nossos limites, a probabilidade de êxito, e portanto de sairmos com a autoestima aumentada, é maior! Mas se deixamos de ouvir os nossos próprios anseios e agimos indo contra a nossa essência, ficamos suscetíveis a perder a confiança em nós mesmos e nas nossas habilidades. E essa falta de autoconfiança, apenas contribui para diminuir a nossa autoestima.
Como trabalhar a autoestima
Fundamentalmente, para aumentar a nossa autoestima, é necessário mudar o nosso comportamento. A autoestima é uma realização, um processo que energiza e nos dá motivação. Pode não ser algo que nós simplesmente temos, mas é algo que podemos desenvolver com a experiência das coisas que fazemos e das pessoas com as quais convivemos.
Quando realizamos bem alguma tarefa, independentemente de quão pequena seja, construimos um sentimento positivo em relação a nós mesmos, o que pode alimentar e nos dar energia para cumprir outras tarefas da nossa lista. Ou seja, ao ter sucesso em uma tarefa, construímos o impulso necessário para alcançar outros objetivos. Por outro lado, quando adiamos o que queremos ou precisamos fazer, perdemos a força, e o mais grave de tudo é que perdemos a confiança em nós mesmos também. A cada objetivo alcançado, nossa autoconfiança aumenta o que nos dá mais confiança para alcançarmos o nosso próximo objetivo. Este processo promove a construção de uma imagem mais positiva de nós mesmos. É o processo inverso da procrastinação.
Veja algumas dicas de como aumentar a sua autoestima
> Estabeleça os seus objetivos e liste tudo o que você precisa fazer para alcançá-los. Procure não contar com a “sorte”, mas com o seu trabalho e com o seu esforço pessoal. Mantenha os pés no chão e sonhe sonhos possíveis! Estabeleça metas claras, práticas e que você possa realizar. É fundamental ter um alvo em direção ao qual você pode se movimentar.
> Estabeleça que você é o mestre de sua própria vida. Cada minuto é uma oportunidade de completar suas tarefas para alcançar as seus metas. Procure colocar em dia as suas tarefas e cancele aquelas que você sabe que não vai conseguir realizar. Assim, você evita o sentimento de culpa.
> Faça listas diárias do que você precisa fazer e comece pelas tarefas mais fáceis. Ao fazer a sua lista, tenha em mente aquilo que realmente pode realizar. Não estabeleça tarefas impossíveis, para evitar frustrações e o sentimento de falha. Lembre-se que cada tarefa concluída, nos dá impulso para realizar a próxima!
> Use a sua imaginação a seu favor: crie uma imagem mental de você como uma pessoa confiante e com a autoestima lá em cima. Quando você é essa pessoa, como você se sente? Como os outros te vêem? Qual é a linguagem corporal que utiliza? Como é que você fala? Imagine isso claramente na sua mente, com os olhos fechados. Sinta as coisas, sentimentos, a experiência de ser e de ver do ponto de vista dessa pessoa.
> Saia de casa, convide um amigo para um almoço. A convivência com os outros dará oportunidades de estabelecer contato com outras pessoas e praticar uma comunicação efetiva eem um relacionamento interpessoal. Além disso, você vai ter oportunidade de constatar que você não é a única a se sentir insegura....
> Como acontece com todas as nossas habilidades, ficamos melhor à medida que vamos repetindo e praticando. Quanto mais vezes se propuser a fazer coisas que sente dificuldade, menos assustador estas situações vão parecer, e você vai se sentir mais preparada para enfrentá-las. O simples fato de se propor a enfrentar algumas coisas ou situações em que se sente menos capaz ou mais incomodada, vai afastar o sentimento de incapacidade. Mesmo que você não se saia bem, você vai aprender quais são os seus limites.
> Você é especialmente boa em alguma atividade? E você gosta de realizá-la? Fazer coisas regularmente nas quais você é boa, reforça a crença nas suas habilidades e pontos fortes. Proponha-se a fazer aquilo que faz bem e que gosta, reforce-se e elogie-se a si mesma. Ninguém é bom em tudo o que faz, e igualmente ninguém é mau em tudo o que faz. Tente não utilizar qualificações de si mesma do gênero tudo ou nada. Perceba que existem coisas que faz muito bem e leve isso em consideração na hora de escolher a sua profissão. Uma profissão que não gostamos, é gatilho para a baixa autoestima. Escolha uma profissão que faça você feliz, afinal, você vai exercê-la por muito tempo.
> Conhece-te a ti mesmo: saiba o que te dá energia, o que te faz levantar cedo da cama, qual é o seu combustível. Se gostamos de alguma coisa, procuramos fazer mais vezes essa coisa e se a cada vez que fazemos, acertamos, isso gera mais vontade de continuar.
> Como profissional da área da beleza, você ajuda as pessoas a sentirem-se melhor, e isso, certamente faz com que você sinta-se bem consigo mesma também.
> A interação social e a convivência são fundamentos e pilares de construção da felicidade de cada um de nós. Promovem bem-estar, pois os seres humanos têm a necessidade de viver em grupo e em contato com os outros. É na interação e contato humano que se fundamenta a vida. Os laços e os sentimentos que se criam promovem a autoestima e a autoconfiança.
> A autoestima está relacionada com o autoconceito em todas as áreas importantes das nossas vidas. Liste as principais áreas da sua vida, como por exemplo: amorosa, financeira, profissional, social, pessoal, familiar, sexual, entre outras. Em seguida, avalie cada área em uma escala de 1-10. Comece a dar mais atenção às áreas onde obteve menor pontuação, pois se você considera aquela área importante, com certeza, ela vai afetar o seu desempenho em outras áreas. Analise os pontos fracos e os pontos fortes e elabore uma forma de minimizar os problemas que você encontrou.
> Se você já estabeleceu as suas metas e objetivos, é hora de traçar um plano. Afinal, apenas ter um objetivo não faz com que os seus desejos se realizem! A falta de um plano é um dos principais motivos de não conseguirmos alcançar os nossos objetivos. De nada adianta caminhar se não sabemos para onde ir.
> Ter pensamento positivo é fundamental, mas nunca deixe de ser honesta com você mesma. Não empurre os seus erros para debaixo do tapete, mas analise onde você errou para poder corrigir.
> Pare de se comparar a outras pessoas. Uma baixa autoestima decorre do sentimento de sentir-se inferior aos outros. A autoestima só entra em cena quando há outras pessoas à nossa volta e nos achamos inferiores. Não se preocupe com o que seu vizinho está fazendo. Perceba o que quer, daquilo que é capaz, e eventualmente o que tem de melhorar ou mudar para alcançar os seus objetivos ou sonhos.
> Leia algo inspirador, ouça uma música que você goste, converse com as pessoas, escute as suas histórias e sempre procure algo que a motive a ser uma pessoa melhor. Procure criar uma vida melhor para si e para os outros.
> Estude e invista em você. Nada nos dá mais confiança na profissão que exercemos se estudamos e nos aperfeiçoamos. Busque instrução e atualização profissional. Você não precisa fazer isso apenas em um curso regular em uma instituição formal de ensino: saiba que a melhor maneira de se manter atualizada sempre é através de palestras, congressos, cursos e networking com outras pessoas que atuam na mesma área que você.
> Por fim, presenteie você mesma! Conclui algum objetivo com êxito? Tire um tempo para fazer alguma coisa que gosta, compre uma roupa, faça um curso, viaje ou coma uma barra de chocolate. Acredite que você merece!
Na cabine
Um dos principais compromissos de uma profissional de beleza é ajudar as clientes a lidarem melhor com a autoimagem, e portanto, com a autoestima delas. Mas fique atenta se sua cliente está exagerando e colocando a aparência física como fator principal da própria autoestima. A aparência e os cuidados estéticos são consequências de uma autoestima em alta, eles têm que vir da vontade de se cuidar e de estar cada vez melhor para si mesmas.
Se você achar que a sua cliente está exagerando, a aconselhe a procurar ajuda psicológica, com um profissional qualificado!
Por fim, lembre-se, que a autoestima vem do domínio de nós mesmos. Quanto mais coisas você se propuser a fazer e quanto mais coisas for conseguindo realizar (mesmo que sejam pequenas coisas), mais confiança você vai ter em você mesma, sedimentando a sua autoestima.
Fonte: www.escolapsicologia.com
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