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Um Encanto

sábado, 12 de novembro de 2016

Peeling Químicos

A renovação epitelial é uma ação natural do organismo, mas também é possível acelerar esse processo. Essa é a função do peeling, promover a esfoliação, proporcionando um grau profundo de limpeza, visto que retira a camada superficial da epiderme deixando sua aparência mais lisa e homogênea. Para tal procedimento, é possível contar com o auxílio de cosméticos que vão atuar por mecanismo físico/mecânico, enzimático ou químico. Este último consiste na aplicação de agentes com poder queratolítico, que levam à microdescamação e consequente regeneração dos tecidos.
Um exemplo são os ácidos, cujo objetivo é preparar e/ou afinar a pele para os protocolos estéticos, aumentando a permeabilidade e eficiência dos ativos cosméticos que serão aplicados na sequência. Podem ser associados ao tratamento de várias alterações inestéticas, como acne e suas sequelas, xerose, queratose seborreica e actínica, discromias, rugas, envelhecimento precoce, fotoenvelhecimento e cicatrizes superficiais.
Na estética, os ácidos vão atuar basicamente nas primeiras camadas da epiderme e não devem atingir a epiderme viável e a derme, cuja profundidade só pode ser tratada por profissionais especializados. Já em cosméticos, é comum a presença dos alfa-hidroxiácidos – AHA (glicólico, mandélico, cítrico, málico, tartárico e o lático) e beta-hidroxiácidos (ácido salicílico). Estudos também mostram que os AHA são os compostos com maior eficácia para diminuir o espessamento da camada córnea. Além da esfoliação, modulam a secreção de citoquinas pelos queratinócitos, aumentam a proliferação epidermal e, por ação direta nos fibroblastos, aumentam a síntese de colágeno, elastina e glicosaminoglicanas.
O ácido glicólico, derivado da cana-de-açúcar, possui cadeia molecular pequena e faz com que penetre mais facilmente pele, porém é contraindicado para os fototipos IV, V e VI e gestantes, já que, nessas pessoas, pode potencializar o aparecimento de manchas. No caso do ácido mandélico, o diferencial é a indicação para fototipos altos, inclusive em gestantes, e uso em qualquer época do ano. O ácido em questão é derivado da hidrólise do extrato de amêndoas amargas e tem sido estudado por seus usos nos tratamentos de problemas comuns de pele, como: fotoenvelhecimento, pigmentação irregular e acne. Sua diferença com relação ao ácido glicólico está no tamanho da molécula, ou seja, a do mandélico é maior. Dessa forma, causará menos irritação à pele.
O profissional deve estar atento à concentração dos ativos, sendo que o máximo permitido pela Anvisa no caso dos AHA’s industrializados é de 10% e pH mínimo de 3,5, garantindo assim um respaldo legal, além de enaltecer o profissionalismo na área de saúde estética. O ácido salicílico, com dosagem permitida de até 2% em cosméticos, além de propriedades semelhantes às dos AHA, apresenta também função antimicrobiana, ação bacteriostática e fungicida. Alguns ativos consagrados em dermatologia, como o ácido retinoico e o fenol, por exemplo, são proibidos em cosméticos. Outro ponto importante é observar o tamanho da embalagem e o rendimento do produto, para determinar a relação custo-benefício.
A frequência de aplicação e o tempo de exposição variam de acordo com o grau da alteração inestética e a sensibilidade da pele, devendo o profissional estar sempre atento às reações, resposta ao tratamento e aos resultados conseguidos após cada aplicação. O cliente deve evitar a exposição aos raios ultravioletas e reforçar o uso de protetor solar no dia a dia.

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